As leis só existem porque, em algum momento, nós, através de nossos representantes, as criamos e as promulgamos. Então, para revogarmos as que não prestam e substituirmo-las por outras que nos sirvam, basta que nos unamos e ordenemos aos nossos representantes o que é para ser feito.
À medida que o ser humano evoluir, as leis não serão mais necessárias, pois todo o proceder estará na consciência.
As leis que são boas para os homens bons foram feitas pelos homens bons. Agora, e as leis ultrajantes para estes, porém boas para os que malfazem? Foram elaboradas por quem? E por que são mantidas?
Como a rede de malha grande e resistente que pesca o peixe graúdo, todavia deixa passar o miúdo e a rede de malha pequena e frágil que pesca o peixe pequenino, mas não resiste ao gigante, assim é a lei que permite recursos e brechas para escape do malfeitor. A lei e a justiça, portanto, devem ser como uma rede que tenha o tamanho da malha pequena, no entanto a resistência da malha grande, para pegar todos esses ‘peixes’ e não deixar escapar nenhum.
Quanto à lei, cumpramo-na, e não a ‘compremos’; senão, estaremos todos ‘vendidos’.
A ética deveria fazer parte do caráter de todas as pessoas, todavia como não faz, as leis tentam compensar; porém quando não eficazes, tornam o que é imoral, legal.
A chuva lava o chão e vivifica a terra; as boas leis limpam a sociedade da velhacaria e propiciam o espaço para a prosperidade, que é a vida com liberdade, responsabilidade e alegria.
Deveria ter uma lei, com poder maior sobre todas as outras, que impedisse que leis estúpidas fossem criadas - como as que permitem recursos e apelações, apesar das provas cabais, da obviedade da culpa e do julgamento correto - e que também revogasse as igualmente existentes.
Leis brandas para os criminosos, significam condições agressivas às pessoas de bem.
A aplicação das leis, acima de tudo, deve ser para manter a ordem; por isso, a punição dos infratores não deve apenas ser justa com estes, mas também deve aproveitar a oportunidade para ser didática, através do exemplo, a todos.
A lei errada prejudica a educação, e a falta de educação não corrige a lei errada.
Diante destas leis inaptas, inócuas e inconsequentes, que vitimam a todos nós e impõem um sentimento de revolta, os mais agressivos e ofensivos adjetivos, que possamos direcionar a seus autores, continuarão sendo, além de eufêmicos, nulos. É preciso uma ação maciça de cidadania para mudar isto, em favor do bem.
Quando alguém de pouca idade já tem força para empunhar uma arma e sente-se maior por isso, é assim que deveria ser tratado pela lei, com maioridade.
Sacrifício de uns para benefício da maioria ou sacrifício da maioria pela impunidade de alguns? Nenhum dos dois está absolutamente certo, contudo o menos errado é o que deveria ser adotado em relação às nossas leis.
Não nos conformemos com a conformidade da norma, quando esta é legal, porém imoral; portanto, injusta. Pelos meios da cidadania e com civilidade devemos promover as mudanças.