Falar, antes de ouvir o todo, expõe o precipitado a errar muitas vezes nas respostas, prejudicando o entendimento e o encaminhamento de soluções que seriam benéficas às duas ou mais partes.
Contextualize o que ouve, para revestir a mensagem com o significado mais próximo possível da essência que a originou.
Nas frases ‘Não vá.’ e ‘Não, vá.’ constatamos que um simples e pequeno sinal, como a vírgula, faz diametral diferença. Isto sugere que tenhamos não apenas com a comunicação, mas também com a vida, atenção especial a certos aspectos pequenos e simples, porém passíveis de terem muita importância para o trabalho e para o resultado final.
Quem fala muito dos outros, vida afora, é porque ainda tem pouco, vida adentro.
O sucesso de todo empreendimento, independentemente de sua natureza e objetivo, excetuando-se aqueles que devam ser secretos, não prescinde a ferramenta da comunicação. E mesmo estes últimos também dependerão de uma comunicação específica.
Quem sabe ouvir, tende a falar com saber.
O sucesso na comunicação a grandes e diversificados grupos está na repetição da mensagem, com variação da forma e manutenção do conteúdo.
Cuidado com a verborragia, muito em voga em nossos dias; não a estimule, seja lendo, falando ou escrevendo; em meio a tantos canais de expressão, modere-se e os utilize com proveito, para o bem de quem escreve, lê, ouve e assiste.
Aos que mais têm conhecimento e vontade de partilhá-lo, cabe aprenderem a falar - o que significa comunicar com clareza, com simplicidade e com ênfase à essência -, em vez de rebuscarem tanto e comunicarem menos.
“Conversando a gente se entende.”
JERÔNIMO, José Manoel, (1929-1984).